quarta-feira, 22 de julho de 2009

Roda de Histórias no Seminário "Ao pé do ouvido"


Medo, crença, perigo, surpresa foram algumas das sensações partilhadas durante a roda de histórias que aconteceu durante a programação do Seminário de Contadores de Histórias Ao pé do ouvido, no último dia 10. Comecei contando um pouco da trajetória da pesquisa, dos relatos escritos nas comunidades do Orkut e por e-mail, além daqueles coletados oralmente. A seguir, os presentes leram as lendas já publicadas no blog e comentaram se conheciam ou acrescentaram algum detalhe. Podemos estabelecar aproximações entre algumas histórias, como a de Solano e do Diabo Loiro, com outras que existentes em outros lugares, como a lenda do Boto, contada na região Norte do país. As histórias de noiva também tiveram destaque (muitos conheciam a da Noiva do Bosque) e, sobre a história da Noiva do Ritter, a qual aparece aos caminhoneiros pedindo carona até o cemitério municipal, há uma outra semelhante, que acontece nas proximidades da cidade de Santo Antônio da Patrulha, à beira da autoestrada Freeway. Outras lendas foram narradas e cada uma foi registrada e, nos próximos dias, pretendo postá-las aqui.

*Na foto, a atriz Rosane Castro contando histórias.

Lenda 4: Diabo loiro ou diabo da lambada*

O diabo loiro ou diabo da lambada era um rapaz que frequentava as festas do Studio 59, na década de 80, em Cachoeirinha. Conta-se que ele se aproximava de uma jovem, conversava um pouco e a levava para um canto. Rapidamente, o rapaz tirava de dentro do casaco uma garrafa, onde tinha ácido e jogava na moça, queimando seu corpo. Dizem, também, que ele entrava no banheiro feminino da danceteria e fazia a mesma coisa. Depois de atacar suas vítimas, o moço desaparecia no banheiro e nunca conseguiu ser localizado.

*Lenda recontada na Comunidade Cachoeirinha City.

domingo, 5 de julho de 2009

Lenda 3: A velha da 1° de maio*

Faz anos que moradores do bairro Veranópolis contam histórias curiosas sobre uma sinistra idosa que mora em uma casa, sem energia elétrica e caindo aos pedaços. Vou contar a experiencia de um amigo...

Faz uns 10 anos e ele e alguns amigos estavam jogando bola na rua... Um deles chutou a bola para dentro do pátio da velha, quando entraram no pátio para buscar a bola, a porta da frente abriu levemente, (a casa toda escura por dentro) e foi possivel escutar som de piano... Os meninos, assstados, pegaram a bola e saíram correndo...
Alguns dias depois, eles viram a tal velha sair de casa... Então decidiram ver o que tinha lá...
Pois bem, entraram no pátio, mas a casa estava toda trancada. Porém, na porta dos fundos da casa, dava pra ouvir o som de piano tocar. Detalhe: não havia ninguém lá e a casa, muito velha, não era do tipo que pode ter um piano dentro...
Eu morei naquela rua e tenho que concordar que aquela mulher é, no mínimo, assustadora!

Não sei sua origem, sua história, e nem se ela é viva ainda. Só sei que ela mora ou morava (faz uns 5 anos que não vou pra lá) em uma casa aos pedaços, sem energia elétrica... E que os morados mais antigos falam que ela é uma bruxa ou algo assim...


*Lenda contada por Jonatan, na comunidade Cachoeirinha City, no site de relacionamentos orkut.

sábado, 4 de julho de 2009

Lenda 2: A noiva do bosque*

Conta-se que no bosque Tancredo Neves, aos fundos da escola São Mateus, há aparições de uma mulher vestida de noiva (mulher de branco).
No dia do seu casamento, já vestida para cerimônia, a noiva recebeu a visita de seu noivo enfurecido. Ele havia descoberto a traição de sua futura esposa e não a perdoaria. Para se proteger, ela correu em direção ao bosque. Ele pegou um facão e saiu à sua busca.
Ao chegar à longa descida até o lago, no centro do bosque, ela escorregou e rolou, até cair no lago. Seu noivo a alcançou e, de um só golpe, arrancou sua cabeça com o facão.
Dias depois, a polícia encontrou o corpo boiando no lago, mas a cabeça e o noivo nunca foram encontrados.
Dizem que ele escondeu a cabeça dela no buraco de uma árvore. Às vezes, a qualquer horário do dia, ela é vista procurando a sua cabeça, à beira do lago.

*Lenda urbana recontada por Rafael Nunes